Manoel d`Almeida Filho
(Trechos da obra. Os direitos do texto integral pertencem a Editora Luzeiro)
Há grande expectativa
Não união de um casal
Dificilmente acontece
Nessa solução legal
Completa felicidade
Para a vida conjugal
É, na grande maioria
Falta de preparação
Para aquela vida nova,
Nos limites da função,
Cumprimento dos deveres
do figurino cristão
Falta de compreensão
E de amadurecimento
das ideias humanísticas
que regem o casamento,
nos laços inquebrantáveis
do selo do sacramento
(. . .)
Uma moça quando namora
um rapaz para casar
só lhe interessa a beleza
ou o modo de trajar...
Da mesma forma o rapaz
quando pensa em namorar
Há casos até que uma moça
as vezes escolhe um ladrão
um malandro, um preguiçoso
jogador ou beberrão
Sem conceito, sem moral,
sem valor nem cotação
O rapaz também as vezes
ama uma mulher perdida
jogada nos lupanares
um infeliz esquecida
da flor da sociedade
completamente banida
(...)
Porque existe um mistério
de sublimado poder
que rege todas as coisa
age com um outro ser
nem sabe por quê, nem como
tudo pode acontecer
As vezes aquela moça
que namorou o ladrão
desobedecendo aos pais
naquela louca paixão
foi para arranca-lo
do caminha da perdição
Assim aquele infeliz
Por todo mundo marcado
abandona o mau caminho
vai viver conceituado
trabalhando honestamente
à sombra de um lar honrado
Como também o rapaz
que amou a mulher perdida
foi também para curar
aquela alma perdida
e coloca-la num lar
numa verdadeira vida
(...)
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